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O QUE É HIPOCONDRIA
É um transtorno caracterizado por uma crença infundada que a pessoa tem de ser portadora de uma doença grave; uma preocupação excessiva com a saúde; um medo irracional de morte e uma fixação por remédios. A característica mais importante da hipocondria é a interpretação errônea dos sintomas físicos.
Está associada a ansiedades fóbicas de um medo irracional de morte, e uma ansiedade obsessiva em relação ao corpo.
Fica atento a qualquer sensação e movimento do corpo. Faz uma interpretação errônea dessas sensações corporais. Interpreta qualquer movimento do corpo como uma patologia física grave. A suspeita de doença resultante desta má interpretação leva-os a estar vigiando constantemente o corpo, superestimando a gravidade dos sintomas. O aumento da ansiedade que se desencadeia decorrente desta vigilância ao corpo provoca novas sensações corpóreas, que a pessoa pode avaliar como prova da doença. Intensifica assim a percepção de perigo, dando lugar a um circulo vicioso.
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SINTOMAS
A insônia, a enxaqueca e a labirintite estão entre as queixas mais comuns das pessoas com hipocondria.
Alguns sinais que denotam um hipocondríaco:
1. Uma fixação por remédios se torna uma disfunção.
2. Tem mania de comprar remédios na farmácia.
3. Dar importância demais a qualquer desconforto físico ou dor, como sinal de doença grave.
4. Grande sensibilidade para identificar movimentos, barulhos e outros sinais do corpo que passariam despercebidos para a maioria das pessoas.
5. Peregrinação pelos médicos, apesar de vários deles ter feito o mesmo diagnóstico com base nos resultados dos exames.
6. Viver com a suspeita constante de ser portador de alguma enfermidade grave.
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O QUE PODE LEVAR UMA PESSOA A DESENVOLVER HIPOCONDRIA
O ambiente é um facilitador da hipocondria. Se a pessoa foi educada num ambiente onde existiu um hiperproteção da mãe para a dor, e para os sofrimentos da vida, como únicas fontes de atenção para a criança, a pessoa fica muito vulnerável a desenvolver uma hipocondria.
- Sensação permanente de insatisfação, carência e desatenção.
- Estados freqüentes de profunda ansiedade, tristeza ou depressão.
- Negativismo e queixas constantes em relação à vida.
- Doenças físicas da pessoa, ou alguém da família ter sofrido algum erro médico.
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TRATAMENTO
Por muito tempo foi considerada como um transtorno intratável. Mas na ultima década, estratégias comportamentais e cognitivas vem se mostrando muito eficazes. Nesta abordagem são utilizadas técnicas cognitivo-comportamentais para tratar o medo da doença, as crenças da doença, bem como corrigir as idéias errôneas em relação aos sintomas.
É fundamental, no início do tratamento, obter um compromisso da pessoa com o tratamento, bem como a necessidade de se formar um vínculo de confiança na relação terapeuta-paciente. É trabalhado um novo modelo com o qual ele pode entender seu problema, explorar os problemas orgânicos que podem estar influenciados por fatores psicológicos.